terça-feira, maio 20

IKEA

"Os problemas dos clientes do IKEA começam no nome da loja. Diz-se «Iqueia» ou «I quê à»? E é «o» IKEA ou «a» IKEA»? São ambiguidades que me deixam indisposto. Não saber a pronúncia correcta do nome da loja em que me encontro inquieta-me. E desconhecer o género a que pertence gera em mim uma insegurança que me inferioriza perante os funcionários. Receio que eles percebam, pelo meu comportamento, que julgo estar no «I quê à», quando, para eles, é evidente que estou na «Iqueia».As dificuldades, porém, não são apenas semânticas mas também conceptuais.Toda a gente está convencida de que o IKEA vende móveis baratos, o que não é exactamente verdadeiro. O IKEA vende pilhas de tábuas e molhos de parafusos que, se tudo correr bem e Deus ajudar, depois de algum esforço hão-de transformar-se em móveis baratos. É uma espécie de Lego para adultos. Não digo que os móveis do IKEA não sejam baratos. O que digo é que não são móveis. Na altura em que os compramos, são um puzzle. A questão, portanto, é saber se o IKEA vende móveis baratos ou puzzles caros. Há dias, comprei no IKEA um móvel chamado Besta. Achei que combinava bem com a minha personalidade. Todo o material de que eu precisava e que tinha de levar até à caixa de pagamento pesava seiscentos quilos. Percebi melhor o nome do móvel. É preciso vir ao IKEA com uma besta de carga para carregar a tralha toda até à registadora. Este é um dos meus conselhos aos clientes do IKEA:não vá para lá sem duas ou três mulas. Eu alombei com a meia tonelada. O que poupei nos móveis, gastei no ortopedista. Neste momento, tenho doze estantes e três hérnias.É claro que há aspectos positivos: as tábuas já vêm cortadas, o que é melhor do que nada. O IKEA não obriga os clientes a irem para a floresta cortar as árvores, embora por vezes se sinta que não faltará muito para que isso aconteça. Num futuro próximo, é possível que, ao comprar um móvel, o cliente receba um machado, um serrote e um mapa de determinado bosque na Suécia onde o IKEA tem dois ou três carvalhos debaixo de olho que considera terem potencial para se transformarem numa mesa-de-cabeceira engraçada.Por outro lado, há problemas de solução difícil. Os móveis que comprei chegaram a casa em duas vezes. A equipa que trouxe a primeira parte já não estava lá para montar a segunda, e a equipa que trouxe a segunda recusou-se a mexer no trabalho que tinha sido iniciado pela primeira. Resultado: o cliente pagou dois transportes e duas montagens e ficou com um móvel incompleto. Se fosse um cliente qualquer, eu não me importaria. Mas como sou eu, aborrece--me um bocadinho. Numa loja que vende tudo às peças (que, por acaso, até encaixam bem umas nas outras) acaba por ser irónico que o serviço de transporte não encaixe bem no serviço de montagem.Idiossincrasias do comércio moderno.Que fazer, então? Cada cliente terá o seu modo de reagir. O meu é este:para a próxima, pago com um cheque todo cortado aos bocadinhos e junto um rolo de fita gomada e um livro de instruções. Entrego metade dos confetti num dia e a outra metade no outro.E os suecos que montem tudo, se quiserem receber." (by Ricardo Araújo Pereira)

quinta-feira, maio 15

Esta semana avariou-se cá em casa o microondas. Foi-se de vez!!!
Sempre me fez confusão algumas pessoas dizerem, "ai eu não vivo sem o microondas, faço tudo lá, então para aquecer comida é o que me salva...!". Esquecem-se pois, que existe um certo electrodoméstico em casa, com 4 bicos ou em placa os mais modernos, até com uma portinhola, que basta um fósforo e um tachinho et voilá, a comida fica quente!
Poís é, realmente eu pensava que até era indespensável... até ao dia em que o bichinho decide avariar.
Agora é uma seca... quero aquecer qualquer coisa, lá tem que ir tudo para o tacho e ainda com água, não vá a comida queimar. Para uma simples caneca de leite, salta o lato para fora do armário; para descongelar o pão, bota para dentro do forno...
Abençoadas modernices que nos vieram facilitar a vida, podiam era durar toda a vida e não passarem a vida a estragar-se!!!
Vai uma vaquinha para comprar um microondas novo!!!

quinta-feira, maio 1

Fitas

Começa a loucura das fitas.
Comprar fitas, entregar fitas, recolher fitas, anotar nomes a ver se não falta ninguém e quem ainda não entregou.
Arranjar inspiração, escrever fitas, desenhar nas fitas. Tentar escrever 20 vintas todas diferentes.
Escolher as palavras certas, o quanto certa pessoa nos marcou, seja pouco ou muito, deixar uma palavra nossa, uma lembrança, uma recordação.
Ler fitas, ler o carinho de cada palavra, um sorriso que sai espontâneo por vermos o quanto gostam de nós.
Olhar a pasta das fitas e recordar momentos!!!!!!!!!!!!!

Cliques