sexta-feira, outubro 31

Há dias que dizes "Hoje sinto-me especialmente apaixonado por ti!" Há outros dias "Hoje estás mais bonita, com um brilho diferente no olhar!" Outros "Estás tão chatinha hoje!" e finges não ouvir enquanto refilo contigo. Às vezes olhas-me em silêncio e sei que dizes mil e uma coisas com o olhar! E hoje o que é que me dizes???

Muito bem apanhada!

quinta-feira, outubro 23

Jack in Lisbon

"Jack in Lisbon" foi o continuar do interrail, mas desta vez já em casa, na cidade que amo. Voltando atrás, Sexta dia 29 de Agosto de 2008, voo EasyJet Milão- Lisboa, estou sentada entre o Jota e um rapaz loiro na casa dos 20. Jogo com o Jota ao jogo de cartas mais secante do mundo (segundo ele), ao qual é apelidado de “Batalha”. A viagem já vai a mais de meio, olho para o rapaz loiro e vejo que lê qualquer coisa sobre Lisboa em italiano, ao meu lado o Jota está em pulgas para meter conversa com ele (é um hábito que se adquire num interrail, fala-se com todo o mundo), mas tem medo que o loiro só saiba italiano, e aqui entre nós, é certo e sabido que os aborígenes não falam italiano! (:P) Adiante, estamos já na aterragem e lá pergunto ao loiro “Is it your first time in Lisbon?” E pronto, foi o suficiente para sabermos que o loiro vindo da parte italiana da Suíça, fala mil línguas, chama-se Giacomo, Jack para os amigos, vem a Portugal para um surf camp na Ericeira e só tem dois dias (Sabado e Domingo) para visitar Lisboa. Feitas apresentações, já estávamos no aeroporto e conversa puxa conversa (o Jota entusiasmadíssimo, tal qual uma criança quando recebe um brinquedo novo no Natal, convida o Jack a dar uma volta a conhecer Lisboa no dia seguinte. Eu faço-me de convidada) já tínhamos planos para o dia seguinte e ainda mal tínhamos tido tempo para respirar os ares de Lisboa. Foi assim que chegada de interrail, fui no dia seguinte visitar Lisboa na companhia de Jota e Jack. (como se tivesse planeado ser o último destino das nossas férias. Pensando bem, porque não fazer da capital do nosso país a última capital a ser vista num interrail? Assim entranha-se melhor, descobre-se as grandes diferenças entre a nossa velha Lisboa e as grandes capitais europeias. O que antes não fazia falta, agora trás uma saudade enorme, a começar pelo nosso sol. Acho que Lisboa tem um sol que é só dela e de mais nenhuma outra cidade). Mostrámos ao nosso suíço o que de melhor temos assim numa versão muito reduzida: Avenida da Liberdade, Baixa-Chiado, alheira para o almoço, passeio no 28 e 15. Em Belém, os famosos pasteis e ainda houve tempo para guiar até Cascais para um gelado no Santini e uma ginjinha de Óbidos e ainda passeio nocturno com direito a bacalhau com natas. Isto tudo acompanhado pelas histórias das nossas vidas e pela História de Portugal, muito bem narrada pelo Jota. (Quem quiser conhecer bem Lisboa a ouvir a História de Portugal, o Jota é a pessoa indicada. O Jack aprendia e eu estava deliciada a ouvir episódios e datas já muito esquecidos.) Para não perder a pica, no dia seguinte rumámos a Sintra, onde numa manhã além da Piriquita, fomos até ao Palácio da Pena (foi preciso servir de guia a um suiço para visitar o palácio pela primeira vez!!!) e “assaltámos” a Quinta da Regaleira, poupando 10€. De tarde, o Jack iria para a Ericeira para o surf camp. Apesar das despedidas feitas, no fim-de-semana seguinte, em jeito de surpresa rumámos à Ericeira para ver o suíço surfar e matar saudades. Para acabar como começou, seguiu-se a despedida no dia seguinte no aeroporto, com promessas de idas a Suíça e novas vindas a Portugal para surfar. Isto já se passou há quase dois meses e é como se tivesse sido ontem. Se calhar há quem ache estranho, acolher tão bem uma pessoa que mal se conhece, sem pedir nada em troca! Dispusemos do nosso tempo só para estar com o Jack ganhando em troca um novo amigo e mais histórias para contar. A verdade é que lá fora fomos muito bem acolhidos sem nos pedirem nada em troca e, falando por mim, cheguei a Lisboa com vontade de fazer o mesmo! De uma viagem tão grande, vem-se com um espírito diferente e foi nesse espírito que passámos aqueles dias com o Jack. Provavelmente se não tivesse estivéssemos a vir de interrail naquele voo, a nossa conversa com o Jack ficaria pelo aeroporto de Lisboa, com desejos de uma boa estadia. Conhecer pessoas assim é fantástico, não se espera nada uns dos outros, apenas o privilégio de viajar juntos e quando menos nos apercebemos, talvez tenhamos feito uma nova amizade que quem sabe durará eternamente…
In other words: «Is it possible to become true friend of someone that we just have known for a couple of days? Is it possible to describe a friendship in a paragraph? Is it possible to ask for some kindness to the world without giving it first? I do not believe in destiny, but it exists… »(by Jota) «Sometimes it doesn' matter how or why something happens, the only thing that do matter is that it is happened... I'm happy, and I don't care about anything else... because I don't need to know anything more! I don't know if such things can "really" happen, like find true friends in few days. The rule I think says "no, it's impossible", but to have a rule we need an exception, and i've found it in you... You know, sometimes "world spins madly on..." ;-)» (by Jack) «I don’t believe in destiny, but sometimes unforgettable moments happen without any explanation. Some people don’t believe in friendship like these, made in a few days. They don’t believe in such thing “just give and don’t ask”. One thing I believe, even we don’t see each other again, moments like that, will last forever in my memories, always with a big SMILE! :D» (by Lily)

quarta-feira, outubro 15

O fenómeno chamado Starbucks

O meu primeiro contacto com a Starbucks foi quando andava em interrail, mais precisamente em Praga. Provei e gostei!
Como boa tuga que sou, que não pode ver nenhuma inauguração de uma nova loja, quando a Starbucks abriu cá a sua primeira loja, é claro que quis ir logo experimentar. O claro não foi assim tão claro, porque o café estava sempre a abarrotar sempre que por lá passava ( o tuga não pode ver novidade), de modo que fui esperando pacientemente.
Há uns dias, a propósito de não sei quê, andava eu pelo Alegro e lá consigo então entrar na famosa loja de café.
Registei cada bolo da montra (os muffins e as bolachas trouxeram muita água no bico) mas pedi um simples capuccino com leite de soja em tamananho tall. ( há depois o tamanho grande e o venti. Admira-me quem pede este último, bebe um abusado café de quase 1L). Pago o dito capuccino, pergunta o sr da caixa registadora "Como se chama?"
"Desculpe? Porque é que quer saber o meu nome?"
"Como se chama? É para depois podermos chamá-la!"
"Ah...." digo um pouco intrigada.
A verdade, é que passado dois a três min (supostamente o tempo de espera numa Starbucks para nos servirem uma bebida, não deve ultrapassar os 3 min): "LILIANA, O SEU CAPUCCINO!", grita uma rapariga ao balcão, quando eu estava mesmo defronte desta, bastando um simples: "aqui tem o capuccino!"
A verdade é que não me senti, como as personagens do Sexo e da Cidade, que passavam a vida enfiadas numa Starbucks e, faziam daquilo o melhor café do mundo. E também não me senti melhor, quando já fora da loja (não deixando de ouvir a rapariga a gritar pelo nome dos clientes: RITA? JOÃO?) com o meu capuccino na mão, olho atentamente para o talão e vejo que paguei 0.70€ só para o leite de soja.
Xiça... quem me manda ser esquisita?????????

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