sexta-feira, novembro 7

A familia Antunes

Os meus avós maternos são o porto de abrigo de toda a familia!
Antes demais deixem-me dizer-vos os elementos da familia Antunes: eu, a minha mãe, os meus avós e os meus tios (ela irmã da minha mãe e minha madrinha, ele meu tio por afinidade) e os meu primos ( o André de 14, afilhado da minha mãe e o Rodrigo, meu afilhado, de 4 anos). Claro que ainda há mais tios e primos em 1º grau, uns mais chegados, outros completamente ausentes mas o coração da família é este!
Como dizia, os meus avós são o porto de abrigo de toda a familia: tomam conta dos netos, dão os conselhos, ajudam, sabem tudo o que se passa e é na sua casa que temos os almoços e/ou jantares seja porque sim, para matarmos saudades, seja por dias festivos!
Ora um almoço nunca é sossegado naquela casa, somos uma família que só sabe falar a gritar, principalmente quando estamos à mesa!
O meu avô senta-se no lugar que lhe corresponde e fala sempre muito baixo e calmamente. É um grande homem e eu admiro-o imenso. É pena é ser muito teimoso!
A minha avó senta-se no lugar mais perto da porta para ir à cozinha constantemente. É a super- avó e é ela que apazigua as coisas, quando os ânimos estão mais exaltados.
A minha madrinha, é muito nervosa e só fala a gritar com os filhos e com o marido.
O meu tio, idem aspas e é daqueles que fica uma tarde sentado no sofá a papar tudo o que é desporto na televisão e se por acaso um dos filhos lhe tapa a vista, ui! Está o caldo entornado!
A minha mãe, herdou o mesmo gene da família e também fala a gritar.
O André que é o tipico adolescente da idade do armário. Neste momento situa-se entre a descoberta das miúdas e a mania que é um ninja igual ao Naruto (anime).
O meu afilhado, é o anjo e o diabo ao mesmo tempo!
Eu, sou a defensora dos meus primos contra os meus tios e sou tal como a minha avó a que tenta acalmar os ânimos.
Apesar de tudo, amo os almoços e os encontro em familia!
Ao entrar em casa da minha avó, já sei que vou sentir aquele cheiro que é tão caracteristico daquela casa; sei que vou encontrar o meu avô a pôr a mesa e a escolher o vinho e a minha avó no meio dos tachos! O meu tio já está na sala a ver o desporto e os meus primos a brincar ou a atazanar a cabeça do pai! A minha tia de volta da verdura que comprou na praça!
Sei que o almoço irá ser com fartura e bastante animado: o meu afilhado vai querer sentar-se ao pé de mim ou perto da avó. Os meus tios por muito que falem mal um do outro sentam-se sempre juntos e o meu tio não mexe uma palha mesmo estando o saleiro a dois dedos "Natércia passa-me o sal! Óh cunhada já que está com a mão na massa, sirva-me sff!" Os meus tios vão aproveitar também para descompor o meu primo André porcausa das notas dele (o puto só tem 4 e 5 e um ou dois 3, mas parece que não é suficiente!). A conversa vai rolando entre gargalhadas, assuntos sérios e outros mais leves, mas sempre tudo num tom bastante alto!
No final da refeição, segue-se o café feito pelo meu avô (que é um mestre a fazer café) e um bolo feito pela minha avó. (que secretamente o meu avô diabético come:"Jordão, já te disse que não podes comer açúcar. Já bebeste vinho e nem podias! Amanhã estás com uma crise de fígado e ficas doente!" grita a minha avó. "É só hoje!" diz ele todas as vezes. "A vossa avó é uma chata")
E a finda a refeição, ainda ficamos pelo menos uma boa hora à conversa, como só nós sabemos fazer e que boas recordações me trazem!

1 comentário:

JP disse...

Acho que todos os almoços em família têm pormenores iguais uns aos outros: nos meus (que somos um pouco mais, 10 ao todo) a minha avó também se senta perto da porta e nunca se senta à séria, os meus tios sentam-se ao lado um do outro, assim como os meus pais, e eu, os meus primos e a minha irmã temos lugares cativos, imutáeis com o passar do tempo. E depois, a meio da refeição, tão certo como eu ter 2 olhos, o meu pai e o meu avô, seu pai, começam a discutir aos berros, normalmente por uma razão qualquer sem interesse nenhum, como a pesca de bacalhau na Noruega na década de 50, que o meu avô arranja sempre maneira de pôr os comunistas (ou comunas, como ele diz) ao barulho. Mas já ninguém tem idade para que as suas notas sejam comentadas, embora a minha não-dedicação ao estudo seja um assunto que a minha mãe normalmente gosta de puxar à conversa! Mas temos de fala do teu primo André e da sua educação... é que eu também cresci a ouvir que ter oito 5 não era suficiente, e quando era 98% a pergunta era porque é que não tinha sido 100%!

Cliques