Ultimamente tem-me dado para os filmes franceses! Seja por serem filmes de baixo orçamento ou de produções independentes, mas os bons filmes franceses ou até os médios sempre me fascinaram!
Ensemble, c'est tout (Enfim, juntos), fala de relações humanas e a expressão "nenhum homem é uma ilha", adapta-se perfeitamente a este filme! "Camille é uma frustrada e anoréctica artista, que paga as suas contas fazendo a limpeza de um escritório em Paris. O mísero sótão que habita é no mesmo prédio que a espaçosa casa do charmoso e tímido aristocrata Philibert Marquet de la Tubelière, que partilha o imóvel da sua falecida avó com o amigo Franck, cozinheiro num restaurante, cansado de usar a sua única folga semanal para visitar a avó Paulette, por sua vez infeliz por ter sido obrigada a trocar a sua casa de tantos anos por um lar. São estas as quatro personagens em torno das quais gira “Ensemble, C’est Tout”, um filme com o merecido valor de tentar sair dos padrões das comédias românticas. Primeiro, porque é sobretudo um filme sobre amizades improváveis e segundo, porque as personagens são bem mais terrenas e simples que as habituais e as suas dificuldades perfeitamente quotidianas. Sem o romantismo meloso e irreal para o qual se tende demasiado frequentemente. O ponto forte de “Ensemble, C’est Tout” reside na dinâmica entre as personagens, na veracidade da sua empatia e/ou conflito, e na coerência da evolução das suas relações (apesar de nunca ser explicado como Philibert e Franck se tornaram amigos). Todos eles se sentem torturados, mental ou fisicamente, por outros, pelo seu trabalho ou por si mesmos. Todos eles se sentem atormentados com o futuro, com a perspectiva do envelhecimento, da doença e da mortalidade. Todos eles projectam nos outros as suas próprias frustrações. Aprender a viver juntos na diferença pode ser um processo agridoce, mas ‘lar’ é, e sempre será, um conceito emocional. " O que falha no filme é seu final ser um pouco cliché, mas não deixa de ser um bom filme!
1 comentário:
Por acso agora fiquei com curosidade de os ver. E também o "la vie en rose" sobre a Edith Piaf
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