quarta-feira, outubro 24

Pilobolus

Pilobolus é um fungo que cresce nos celeiros e nos campos e que se transforma com a luz do dia. À partida pouco interessantes, os fungos revelam-se, a um olhar mais atento, um tipo de vida extremamente poderosa. Nascem em paredes feitas de cal e até crescem dentro dos frigoríficos mesmo a temperaturas abaixo de zero.
Pois então, Pilobolus é também o nome de uma companhia de dança. E desde o fungo tudo a ver com esta companhia que ultrapassa os limites do corpo humano, usando-o para assumir diversas formas.
Tal como o fungo que é visto ao microscópio, os elementos da companhia empilham-se e contorcem-se, formam andares com corpos que parecem ser feitos de plasticina, como se fossem peças individuais que através do movimento se juntam num gigante puzzle de acrobacias. A Pilobolus integra lutadores de wrestling, bailarinos, professores de ioga e junta no mesmo palco dança, sombras chinesas, ginástica e jogos criativos. De tal forma que, desde a sua criação, a companhia é alvo de críticas pela forma pouco convencional da coreografia que propõe.
Tal facto pude comprovar ontem à noite, quando fui vê-los no Coliseu dos Recreios. O espectáculo está constituido por seis pequenas histórias com um curto intervalo entre cada uma. Os movimentos executados na mais rigorosa perfeição, os corpos definidos e a moverem-se como se fossem feitos de pluma, cada movimento executado com todo o rigor, faz deste espectáculo digno de se ver.
O jogo das sombras é o mais giro que esta companhia faz. As imagens ficam perfeitas e muito cómicas.

1 comentário:

Anónimo disse...

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